05.12 - Separar o que já está dividido
Tapajós e Carajás |
Entramos, finalmente, na última semana de campanha do plebiscito que vai ouvir a população paraense se quer ou não dividir o Pará e criar os Estados de Tapajós e Carajás. No domingo 11, cerca de quatro milhões e oitocentos mil eleitores paraenses irão às urnas manifestar sua opinião.
Mais do que a criação dos novos Estados, a população das regiões de Carajás e Tapajós irão às urnas mostrar que o Pará já está dividido, restando apenas oficializar a separação.
Sem dúvida nenhuma essa foi, e será até o seu final, uma luta desigual. Os 17% do território destinados ao Novo Pará concentra 64 % do eleitorado do Estado, contra 16% do Tapajós e 20% do Carajás. Mais do que dividir, esse plebiscito têm servido de palanque para que a população das regiões separatistas apresente aos demais irmãos paraenses o descaso com que os governos paraenses trataram e tratam essas regiões.
Muito se tem dito que no Novo Pará também tem pobres e necessitados, e que há, ainda, muito o que fazer nas áreas da saúde, habitação, saneamento, educação e segurança.
Concordo com a afirmação!
Ninguém em sã consciência pensa que Belém e sua região metropolitana é a Suíça brasileira, nem tampouco que a separação irá resolver imediatamente os problemas das regiões do Carajás, Tapajós e Novo Pará. O grande problema está na divisão e aplicação dos repasses às regiões que pretendem se separar e a falta dele para atender a todos.
A propaganda plebiscitária nas rádios e TV?s, em minha humilde opinião, serviu apenas para um lado, o dos que defendem a separação. Carajás e Tapajós mostraram para o restante do Estado que mais do que nunca estamos divididos. A propaganda tentou mostrar que a divisão é economicamente viável e que somente com ela o Pará terá alguma chance de sair do vermelho e retomar os investimentos em saúde, educação, moradia, saneamento básico, etc?
Enquanto isso, a campanha no rádio e TV dos que querem o Pará sem a divisão tentou de todas as formas desqualificar os estudos dos separatistas que mostram tal viabilidade e sensibilizar emocionalmente os eleitores, alegando que com a separação o Pará se tornará um ?Parazinho?. Não aproveitou nenhum dos quarenta programas de cinco minutos cada para mostrar que realmente o Pará está quebrado financeiramente e quais medidas estariam sendo tomadas para tirá-lo do vermelho. A propaganda se limitou a repetir que Não e Não, ninguém divide o Pará, e a mostrar projeto do governo do Estado taxando a mineração, projeto este similar a outros já desconstituído pela justiça em outros estados. Não foram apresentadas propostas para tirar o Pará da liderança do ranking de piores índices salariais do Brasil nas áreas de segurança pública e educação, do analfabetismo, da falta de moradia e saneamento básico, da saúde com alarmantes índices de mortalidade infantil. Não, nada foi proposto. Querem que o Pará continue grande em tamanho, apenas isso importa.
No domingo, nós que moramos no Carajás e Tapajós, saberemos se o eleitor paraense compreendeu que precisamos da ajuda deles para tornar o Pará grande, não em território, mas em um estado grande em reconhecimento pelas as ações e capacidade de investimentos governamentais em prol de sua população mais carente.
A campanha do Não insiste que o projeto de separação é coisa de meia dúzia de políticos interesseiros. Chega a ser irritante a forma truculenta e imbecil como esse tema é tratado. Esquece-se que a grande maioria da população das regiões separatistas é favorável e apóia a divisão, que esse é um sonho de dezenas de anos, não nasceu no início do ano. Esquece-se que essa população é favorável pois vive a realidade de governos ausentes, que só agora tentam mostrar-se presente com pequenas excursões do governador e equipe às cidades do interior como Altamira e Marabá, numa tentativa salutar, porém ineficaz, de mostrar que o sofrimento da população dessas regiões interessam ao governo, mesmo fora do período eleitoral.
Esta última semana de campanha plebiscitária deve ser mesmo uma semana judicial. Um governo ausente, que nos priva de quase tudo, agora entra na justiça para nos tirar também o direito de expor ideias, mostrar fatos, informar a população paraense que o melhor para as três regiões é a divisão. Lamentável!
Na campanha publicitária liderada pelo deputado federal Zenaldo Coutinho e pelo sem votos suplente de deputado estadual Celso Sabino, uma única coisa haveremos de concordar. Com o esdrúxulo e arrogante slogan de que Ninguém divide o Pará. Sim, não podemos dividir o que já está dividido de fato. Resta-nos apenas o direito de separar. E esse direito, se Deus quiser, será conquistado no próximo domingo, para o bem de todos. Para o bem dos sofridos paraenses, carajaenses e tapajoenses que já não aguentam mais ouvir promessas de que agora vai melhorar. Para melhorar só há uma única alternativa. Diga SIM para Tapajós, diga SIM para o Carajás!
Mais do que a criação dos novos Estados, a população das regiões de Carajás e Tapajós irão às urnas mostrar que o Pará já está dividido, restando apenas oficializar a separação.
Sem dúvida nenhuma essa foi, e será até o seu final, uma luta desigual. Os 17% do território destinados ao Novo Pará concentra 64 % do eleitorado do Estado, contra 16% do Tapajós e 20% do Carajás. Mais do que dividir, esse plebiscito têm servido de palanque para que a população das regiões separatistas apresente aos demais irmãos paraenses o descaso com que os governos paraenses trataram e tratam essas regiões.
Muito se tem dito que no Novo Pará também tem pobres e necessitados, e que há, ainda, muito o que fazer nas áreas da saúde, habitação, saneamento, educação e segurança.
Concordo com a afirmação!
Ninguém em sã consciência pensa que Belém e sua região metropolitana é a Suíça brasileira, nem tampouco que a separação irá resolver imediatamente os problemas das regiões do Carajás, Tapajós e Novo Pará. O grande problema está na divisão e aplicação dos repasses às regiões que pretendem se separar e a falta dele para atender a todos.
A propaganda plebiscitária nas rádios e TV?s, em minha humilde opinião, serviu apenas para um lado, o dos que defendem a separação. Carajás e Tapajós mostraram para o restante do Estado que mais do que nunca estamos divididos. A propaganda tentou mostrar que a divisão é economicamente viável e que somente com ela o Pará terá alguma chance de sair do vermelho e retomar os investimentos em saúde, educação, moradia, saneamento básico, etc?
Enquanto isso, a campanha no rádio e TV dos que querem o Pará sem a divisão tentou de todas as formas desqualificar os estudos dos separatistas que mostram tal viabilidade e sensibilizar emocionalmente os eleitores, alegando que com a separação o Pará se tornará um ?Parazinho?. Não aproveitou nenhum dos quarenta programas de cinco minutos cada para mostrar que realmente o Pará está quebrado financeiramente e quais medidas estariam sendo tomadas para tirá-lo do vermelho. A propaganda se limitou a repetir que Não e Não, ninguém divide o Pará, e a mostrar projeto do governo do Estado taxando a mineração, projeto este similar a outros já desconstituído pela justiça em outros estados. Não foram apresentadas propostas para tirar o Pará da liderança do ranking de piores índices salariais do Brasil nas áreas de segurança pública e educação, do analfabetismo, da falta de moradia e saneamento básico, da saúde com alarmantes índices de mortalidade infantil. Não, nada foi proposto. Querem que o Pará continue grande em tamanho, apenas isso importa.
No domingo, nós que moramos no Carajás e Tapajós, saberemos se o eleitor paraense compreendeu que precisamos da ajuda deles para tornar o Pará grande, não em território, mas em um estado grande em reconhecimento pelas as ações e capacidade de investimentos governamentais em prol de sua população mais carente.
A campanha do Não insiste que o projeto de separação é coisa de meia dúzia de políticos interesseiros. Chega a ser irritante a forma truculenta e imbecil como esse tema é tratado. Esquece-se que a grande maioria da população das regiões separatistas é favorável e apóia a divisão, que esse é um sonho de dezenas de anos, não nasceu no início do ano. Esquece-se que essa população é favorável pois vive a realidade de governos ausentes, que só agora tentam mostrar-se presente com pequenas excursões do governador e equipe às cidades do interior como Altamira e Marabá, numa tentativa salutar, porém ineficaz, de mostrar que o sofrimento da população dessas regiões interessam ao governo, mesmo fora do período eleitoral.
Esta última semana de campanha plebiscitária deve ser mesmo uma semana judicial. Um governo ausente, que nos priva de quase tudo, agora entra na justiça para nos tirar também o direito de expor ideias, mostrar fatos, informar a população paraense que o melhor para as três regiões é a divisão. Lamentável!
Na campanha publicitária liderada pelo deputado federal Zenaldo Coutinho e pelo sem votos suplente de deputado estadual Celso Sabino, uma única coisa haveremos de concordar. Com o esdrúxulo e arrogante slogan de que Ninguém divide o Pará. Sim, não podemos dividir o que já está dividido de fato. Resta-nos apenas o direito de separar. E esse direito, se Deus quiser, será conquistado no próximo domingo, para o bem de todos. Para o bem dos sofridos paraenses, carajaenses e tapajoenses que já não aguentam mais ouvir promessas de que agora vai melhorar. Para melhorar só há uma única alternativa. Diga SIM para Tapajós, diga SIM para o Carajás!
Extraído do Blog do ZÉ DUDU
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